Quais os riscos de contaminação durante as Olimpíadas?
O governo da França construiu uma vasta instalação de armazenamento de água da chuva para tentar tornar o rio Sena seguro para competições de natação e a água é testada diariamente. Os níveis da bactéria Escherichia coli foram considerados abaixo dos limites de segurança pela Federação Mundial de Triatlo.
O problema é que existem divergências nesta análise. A empresa Fluidion Water Intelligence, por exemplo, mede a “contagem abrangente de E. coli”, o que inclui bactérias agregadas a partículas de fezes e outros esgotos.
Do dia 31 de julho, quando os eventos de triatlo feminino e masculino foram realizados, a qualidade da água era aceitável pela contagem da Federação Mundial de Triatlo. No entanto, estava acima do limite pela contagem abrangente.
Segundo especialistas, existem riscos para os atletas. Um deles é de contrair leptospirose, uma infecção bacteriana transmitida principalmente pela urina de ratos. A doença geralmente ocorre entre 5 e 14 dias após a exposição. Os sintomas comuns são dor de cabeça, febre, dores musculares e vermelhidão nos olhos.
Outra possibilidade é de infecção pelo parasita Cryptosporidium, que causa diarreia de 2 a 10 dias após a exposição. Hepatite A e E seriam as outras duas infecções que poderiam aparecer bem depois da exposição. O período de incubação para Hepatite A é de 28 dias (15-50 dias), e a infecção por Hepatite E é de 2 a 9 semanas (média de 6 semanas).
De qualquer forma, muitos possíveis casos só serão conhecidos após o fim dos Jogos Olímpicos. E nem todos podem ter relação com o Sena. No entanto, a edição deste ano da Olimpíada está sendo fortemente criticada por expor atletas a condições, no mínimo, polêmicas.
Olhar Digital
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