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Parnamirim-RN,22/10/2024

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No RJ, 6 pessoas que receberam órgãos transplantados contraíram HIV; 286 amostras estão sendo testadas


No RJ, 6 pessoas que receberam órgãos transplantados contraíram HIV; 286 amostras estão sendo testadas

Seis pessoas contraíram o vírus HIV ao receberem órgãos transplantados no Rio de Janeiro. A Vigilância Sanitária interditou o laboratório responsável pelos testes.





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O recado na porta diz que o laboratório PCS, em Nova Iguaçu, está fechado para manutenção. Mas essa não é a verdade. O local foi interditado depois de emitir laudos errados de testes de HIV em doadores de órgãos. O PCS era o responsável por esses testes no estado do Rio.





O resultado de um doador saiu no dia 23 de janeiro de 2024: negativo para HIV. No dia 25 de maio, o exame de uma doadora também deu livre do HIV. E os órgãos foram liberados para quem aguardava na fila de transplantes.





Mas, em setembro, um paciente que havia recebido órgão de um desses doadores foi ao hospital com sintomas neurológicos e testou positivo para HIV. Ele não tinha o vírus antes da cirurgia. O hospital notificou a Secretaria Estadual de Saúde, que começou a investigar como a infecção aconteceu.





Quando um órgão é transplantado, uma amostra do sangue do doador fica guardada em um banco de doação, para eventual checagem. Nesse caso, ficou no Hemocentro do Rio. O Hemorio refez o teste nas amostras, e deu positivo.





Um homem de 28 anos doou dois rins, fígado, coração e córneas. A pessoa que recebeu o coração e as duas que receberam os rins testaram positivo para HIV. Outra pessoa, uma mulher de 40 anos, doou dois rins e um fígado. O exame dos três receptores deu positivo. Até o momento, a Secretaria de Saúde constatou que seis pacientes transplantados foram infectados com o HIV.





A Vigilância Sanitária fiscalizou o laboratório, mas não encontrou nenhum kit para teste de HIV. Os fiscais pediram a numeração dos testes já realizados e a nota fiscal de compra dos kits para analisar se havia algum erro de fabricação nos lotes. Mas o laboratório não entregou nenhum documento comprovando a compra dos itens. A polícia investiga se os testes foram realmente feitos.





O caso foi revelado pela rádio BandNews FM e confirmado pela TV Globo.





Um dos sócios da empresa Patologia Clínica Doutor Saleme, a PCS, é Matheus Vieira. Ele é primo do ex-secretário estadual de Saúde, Dr. Luizinho, agora deputado federal pelo PP. O laboratório foi contratado três meses depois da saída de Dr. Luizinho da secretaria. A contratação para análises para transplantes foi feita em dezembro de 2023, em um pregão, por R$ 11 milhões.





O diretor-geral da Central Estadual de Transplantes escreveu em um ofício interno na quarta-feira (9) que a atual gestão da Central não foi consultada ou ouvida durante todo o processo licitatório do laboratório, nem participou da elaboração do contrato. O diretor ressaltou que, na única oportunidade que teve de se manifestar para atestar a qualificação técnica do laboratório PCS, questionou a sua habilitação, uma vez que, segundo Alexandre Cauduro, não foram apresentados os documentos necessários para avaliação.





O laboratório PCS disse que abriu uma sindicância interna para apurar as responsabilidades do caso envolvendo diagnósticos de HIV; e disse que, no período em que prestou serviços ao governo do estado, usou kits de diagnóstico recomendados pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa.





Fonte: G1






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