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Parnamirim-RN,23/02/2025

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MPSP pede prisão de “viúva do PCC” companheira de policial milionário


MPSP pede prisão de “viúva do PCC” companheira de policial milionário

São Paulo — Promotores do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MPSP), pediram a prisão preventiva de Danielle Bezerra dos Santos, viúva de um ex-gerente do Primeiro Comando da Capital (PCC) e companheira do policial civil Rogério de Almeida Felício, o Rogerinho, indiciado por roubar relógios apreendidos com o falecido delator Vinícius Gritzbach.


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Somente a Rogerinho, a Polícia Federal (PF) atribuiu os crimes de peculato, corrupção, associação criminosa, extorsão e lavagem de dinheiro. Como mostrou o Metrópoles, ele tem um patrimônio milionário, é dono de um condomínio de casas no litoral sul de São Paulo, sócio de uma empreiteira, e tem fama de ostentar uma vida de luxo nas redes sociais.


No caso Gritzbach, Rogerinho foi indiciado por, junto com outros policiais, desviar relógios apreendidos com o delator à época em que ele era investigado pelo homicídio do traficante Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta. O delator, que foi executado em frente ao aeroporto de Guarulhos, em novembro de 2024, confessou lavar dinheiro para Santa Fausta, mas, até sua morte, negou envolvimento com a execução do criminoso.


No relatório de indiciamento dos policiais envolvidos com a extorsão de Gritzbach, a PF identificou Rogerinho usando um dos relógios do delator em foto publicada nas redes sociais, além de mensagens sobre uma suposta tentativa de devolver esses itens de luxo para escapar de investigações na Corregedoria da Polícia Civil.


Rogerinho é companheiro de Danielle Bezerra dos Santos, que é viúva do ex-gerente do PCC Felipe Geremias dos Santos, o Alemão. Do celular dela, a PF extraiu mensagens que demonstraram que Danielle passou a cobrar dívidas que o ex-marido criminoso tinha a receber antes de morrer. Para isso, contou com ajuda de Rogerinho.


Segundo os promotores, a prisão preventiva, ou seja, por tempo indeterminado, é necessária para “resguardar a ordem pública, impedindo a continuidade de sua atuação junto à organização criminosa Primeiro Comando da Capital e fazendo cessar a reiteração delitiva de atos de lavagem de capitais, que se apurou tratar-se de verdadeiro modo de vida”.


“Ainda, visa resguardar a instrução criminal, evitando-se destruição de provas e coação de testemunhas, observando-se que se trata de denunciada ligada a faccionados do alto escalão do PCC, que se utilizou de grave ameaça em suas condutas e que atuou diretamente para ocultar provas e objetos dos crimes ligados ao seu companheiro”, completa o Gaeco.


Segundo a PF, Danielle mantinha contato com integrantes do alto escalão do PCC, como Márcio Barbosa da Silva, o Beiço de Mula, um dos líderes na região do ABC paulista. Nas mensagens com o traficante, foram encontrados até mesmo diálogos sobre uma briga dele com Rogerinho que teria sido resolvida com um agrado: foi oferecido a Beiço de Mula um camarote em um show onde o policial faria bico de segurança privada.


A PF também identificou mensagens que mostravam Rogerinho supostamente ajudando Danielle a operar dinheiro de seu pai, que estava foragido pelo crime de homicídio. Em meio a essas movimentações financeiras, foi identificado que Rogerinho usava uma empresa em nome de um testa de ferro que antes era operada pelo ex de Danielle, o Alemão, antes de sua morte.


Segundo a PF, “ao longo da investigação, restou evidente a participação de Danielle na distribuição de recursos que constituem produto de atividades ilícitas desenvolvidas pelo crime organizado no Estado de São Paulo, notadamente vinculadas ao PCC”.


“Os recursos de origem espúria que constituem objeto de branqueamento pelo casal são decorrentes, ainda, dos atos de corrupção policial levados a efeito por Rogerio, conforme demonstrado ao longo do apuratório”, concluiu a PF.


O Metrópoles não localizou as defesas de Danielle e Rogerinho neste sábado (22/2). O espaço segue aberto para manifestações.

Fonte: Metrópoles




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