O presidente da Câmara de Parnamirim, Wolney França, encontrou uma forma de fugir da pressão para que tome uma posição concreta a respeito da convocação dos suplentes para assumir a vaga dos vereadores afastados por decisão judicial.
Na segunda-feira (21), o presidente emitiu uma nota em que comunica que não haveria sessão por causa de problemas na rede elétrica da Câmara.
Porém, segundo fontes do blog, a Câmara funcionou normalmente durante toda a segunda-feira, contrariando o que disse a nota oficial.
Na verdade, o presidente da Câmara de Parnamirim não quer cumprir a decisão judicial, que determinou o afastamento de dois vereadores por 180 dias, por envolvimento em crime eleitoral. Dois vereadores chegaram a ser presos, mas foram soltos no mesmo dia.
Os suplentes querem assumir a vaga por direito, já que houve uma decisão judicial determinando o afastamento de dois vereadores. Betinho da Mala e Dr. Zico estão aguardando posicionamento da Câmara. O presidente da Câmara não quer cumprir, alegando que a decisão determina o afastamento, mas não determina a posse dos suplentes. É risível. Mas, para quem guardou a vaga de um vereador preso por 45 dias, tudo é possível.
A imagem que o presidente Wolney passa da Câmara de Parnamirim é de apadrinhamento com vereadores que se envolvem em crimes. Deixa de cumprir sua função para proteger colegas, mesmo sob risco de sofrer penalidade por descumprimento de decisão judicial.
O corporativismo não pode ser maior que a seriedade na condução de um poder. Deixar de cumprir decisão judicial para apadrinhar colegas poderá custar muito caro para o presidente Wolney França.
Fonte: Blog Tulio Lemos