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ESCOLAS MUNICIPAIS DE PARNAMIRIM/RN ESTÃO PRONTAS PARA O RETORNO DAS AULAS?


Jornalista Genilson Souto / Foto: Reprodução

O Jornalista Genilson Souto visitou as escolas e atribui NOTA ZERO: PREFEITURA NÃO FAZ O DEVER DE CASA E ESCOLAS DE PARNAMIRIM ESTÃO ABANDONADAS!


DESCASO COM A EDUCAÇÃO: No lugar do conhecimento, encontram-se somente sujeira, mato, infiltrações e a desesperança da comunidade escolar.


Se fosse para escrever num quadro uma lista dos problemas que assolam as escolas do município, talvez faltasse até giz para concluir essa matéria. Mas, vamos lá: goteiras nas salas de aula, janelas ou portas quebradas, carteiras precárias, paredes descascadas, qual é a realidade que você acredita que os estudantes vão enfrentar quando retornarem às aulas presenciais no município?



Muitas fachadas estão destruídas por falta de manutenção, outras caíram, falta de tampas em vasos sanitários, fiações expostas e quadras de esportes danificadas, fazem parte da realidade dos equipamentos de ensino que estão sob a responsabilidade da Prefeitura Municipal de Parnamirim. Tanto o ensino fundamental quanto os centros infantis são mantidos e zelados pelo Poder Executivo municipal.


As escolas não oferecem segurança aos professores, funcionários e estudantes, sem proteção e com as estruturas caindo aos pedaços, muitas foram retiradas após caírem literalmente no chão, o que facilita a entrada dos meliantes que realizaram uma série de arrombamentos durante todos os anos dessa atual administração.


Sucateamento

Algumas escolas foram arrombadas pelo menos umas 03 vezes ao ano. Mostrando que a falta de segurança nas escolas é também uma avaliação negativa do atual governo que se autoproclama o “Governo da Segurança”.


A POPULAÇÃO ESTÁ REVOLTADA!


“Os pais deveriam acompanhar a situação na escola de seus filhos constantemente e fiscalizar tudo que estiver ao seu alcance como membro da comunidade escolar. No Alzelina (Alzelina de Sena Valença), por exemplo, a parte metálica da quadra da escola está dando choque; no bairro de Santa Júlia, o Jacira (Jacira Medeiros de Sousa), a caixa d'água não funciona; no Osmundo (Osmundo Faria), os estudantes não podem utilizar a quadra de esportes que está sem as traves, a escola não oferecia condições adequadas nem antes da pandemia, imagine neste momento ainda critico", disse o comerciante Thiago Ferreira da Silva.


A sensação é de completo abandono

Ainda de acordo com Thiago, "a retomada das aulas presenciais é apenas mais uma preocupação, todos precisam debater para não termos ainda mais problemas”, alertou o morador do bairro de Rosa dos Ventos.


INVESTIMENTOS QUE NUNCA COMEÇARAM


A prefeitura prometeu que faria as reformas dos banheiros, faria a colocação de portas, trocaria os portões, os pisos em geral, não fez! Disse ainda que faria a reforma dos forros, das revisões elétricas e hidráulicas; no sistema de esgotamento sanitário; troca de telhas; pintura interna e externa, entre outras ações. Mas pasmem! Até ar condicionados em todas unidades de ensino fundamental e nos centros infantis foram prometidos, pouquíssimas unidades foram atendidas com o climatizador.



O ano letivo de 2021 não tem data para ser iniciado, 2020 ainda falta ser concluído, a pandemia trouxe muitos desafios, porém os alunos não podem voltar para as escolas nessas condições, já se passou mais de 1 ano que as escolas estão fechadas, é nítido que falta um plano estratégico para superar esses problemas. Até quando esperar?


A TRISTE SINA DA ESCOLA LIMIRIO CARDOSO


Um dos momentos mais marcantes nessa reportagem EXCLUSIVA, foram as imagens feitas na manhã de hoje, dia 30 de abril, nas ruínas da Escola Limirio Cardoso D'ávila, no bairro de Bela Parnamirim. A escola foi destruída e saqueada, ainda no ano de 2016 e até hoje continua esquecida pelas autoridades. Atenção Ministério público? Quando a prefeitura irá iniciar finalmente a obra? Será que é porque é numa área periférica da cidade?



DROGAS, VANDALISMO E AMEAÇAS


Segundo investigadores, foram os traficantes da região que ordenaram os ataques à escola, professores e funcionários disseram que foram ameaçados de morte. Depois do episódio que foi destaque na imprensa nacional, a população foi informada que teria a oportunidade para participar do processo para a reconstrução de uma nova escola, onde mais de 800 alunos foram prejudicados. Mas até hoje, só são lembrados durante às campanhas políticas!

À espera pela tão sonhada reconstrução, continua sendo um sonho da comunidade escolar. O mato que serve para esconderijo de assaltantes e usuários de drogas, tomou conta de um grande espaço que deveria está sendo utilizado para o desenvolvimento do conhecimento, da cultura e do esporte.


LUIZ MARANHÃO FILHO, OUTRA ESCOLA QUE ESTÁ ABANDONADA!


As paredes não são pintadas há anos. A quadra está sem o teto que caiu há quase 03 anos. As balizas do gol, cestas de basquete foram retiradas e o que restou da ferragem foi colocado no chão da quadra, agora está servindo para criar poças d’água e criatório de mosquitos da dengue e outros insetos.



As grades estão enferrujadas e ficam expostas aos alunos, podendo causar algum grave acidente. Carteiras estragadas pelo tempo estão amontoadas à espera de novas que nunca chegaram. O auditório está com infiltrações e uma imensa poça d’água reflete uma luz de esperança mesmo de fronte a sala de leitura que leva o nome do poeta José Acaci.

Uma cena trágica para uma escola que já foi referência, apesar dos esforços da diretoria e professores, sem a ajuda do Poder Executivo, tudo fica mais difícil.


A tecnologia não está acessível aos estudantes na grande maioria das escolas de ensino fundamental do município. Conforme é de conhecimento da comunidade escolar, a presença de recursos tecnológicos como laboratórios de informática e acesso à internet, são apenas promessas não cumpridas pelo atual prefeito de Parnamirim, coronel Rosano Taveira, destruindo a educação ano após ano.

Os professores e servidores da educação, também vítimas da incompetência administrativa, se esforçam para minimizar os gigantescos problemas.



AONDE ESTÃO SENDO INVESTIDOS OS RECURSOS DA EDUCAÇÃO?


Faltam bibliotecas e livros nas instituições de ensino para fomentar o aprendizado. Em outras, faltam parques, material esportivo e até banheiros adequados às faixas escolares atendidas, a maioria das escolas não recebe material para a prática de esportes há vários anos.

As pessoas com deficiência encontram muitos estabelecimentos sem medidas que garantam acessibilidade; os centros infantis têm dependências e vias inadequadas para esses estudantes ou para os com mobilidade reduzida, tanto na frente com nas imediações das escolas e CEMEIS, as ruas estão precárias com muita lama, poças de água suja e buracos por toda parte.

O JORNAL DO ESTADO, recebeu diversas denúncias de pais e responsáveis, percorreu os equipamentos e constatou “in loco” a gravidade do problema.


FALTA GESTÃO, SOBRA DINHEIRO NA PREFEITURA


O problema deve ser superado por meio de esforços da prefeitura, em parceria com o governo estadual e federal. Em relação ao governo federal, a transferência de recursos prioriza municípios que apresentam os piores indicadores socioeconômicos ou de baixo desempenho na educação.

Será que está sendo feito um planejamento adequado? Quem é o culpado: o prefeito? A secretaria de educação? Os gestores?



PACTO PELA EDUCAÇÃO, PACTO POR PARNAMIRIM!


Além da incerteza para o reinício das aulas, os estudantes da rede pública ainda vão se deparar com esse problema das escolas sucateadas. Levantamento do JORNAL DO ESTADO, mostra que, entre as 67 instituições de ensino infantil e fundamental I e II, cerca de 70% estão em situação crítica e precisam de intervenção profunda.



Em alguns casos, o trabalho será árduo. Os problemas estruturais das escolas públicas vão muito além de fios expostos ou do matagal nas áreas externas e internas. Algumas instituições precisam ser reconstruídas, como a Escola Limirio Cardoso Ávila que continua sobre ruínas no bairro de Bela Parnamirim, apesar do MP ter determinado ao município fazer um novo prédio, a prefeitura ainda não colocou uma pedra sequer no local!


Fonte: Jornalista Genilson Souto / Jornal do Estado

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